Armazém organizado – Para quê, dificuldades e como obtê-lo
Todas as empresas e indústrias procuram ter o seu armazém organizado. Assim que:
- Orgulham-se e convidam os seus clientes para conhecer o seu armazém, ou;
- Deixam-no escondido, tal é a desordem e ineficácia das operações que aí ocorrem, acabando por “esconder o lixo por baixo do tapete”.
Obviamente, existem setores de negócio com diferentes exigências sobre o seu armazém e stock. Uma empresa que trabalha com perecíveis tem maiores exigências, não só a nível de prazos, mas também na forma como são armazenados os seus stocks e no rastreamento de lotes. Por outro lado, grande parte das empresas recebe os seus clientes e, consequentemente, apresenta os escritórios e processos. Por fim, há ainda as visitas de auditoria externa. Há sempre motivos para ter um armazém organizado.
Muitas empresas defrontam problemas no armazém:
- Divergência entre a existência de material física e virtual;
- Material em excesso, ou pelo contrário em carência das necessidades para as ordens de fabrico;
- Tempos de picking de material;
- Material não identificado ou esquecido;
- Divergência entre quantidade de stocks reais e registadas no sistema;
- Material mal manuseado;
- Divergência entre a localização de material física e virtual;
- Layout de armazém não conforme/funcional para a atividade da empresa.
- Material com rotação elevada em locais não tão acessíveis;
Isto tem implicações diretas seja a nível das compras, da produção, da resposta ao cliente, do custo de materiais, dos prazos de produção, do material obsoleto… Refletindo-se diretamente nos resultados das empresas.
Formas de atacar as possíveis causas desses problemas:
- Registos de material/produto – Seja na receção, na produção, expedição, nos retornos, nas não-conformidades, os registos devem ser realizados e as pessoas devem estar sensibilizadas. O calcanhar de aquiles para muitas empresas está nos registos de produção, principalmente nas sobras e retornos;
- Inventários – Muitas empresas têm como prática de inventário a atualização dos registos do sistema, quando o objetivo do inventário está em garantir que o stock que temos registado corresponde ao armazenado (seja lote, quantidade, código do produto). A consequência da divergência de informação corresponde à atualização da informação que está no SI, porém essas correções devem ser investigadas;
- Armazém fechado – O armazém deve estar delimitado e apenas certas pessoas devem poder manipular.
Quando o armazém está fechado e tudo o que entra e sai é registado, é possível garantir que o sistema reflete a realidade do armazém organizado. Os inventários serviam como garantia da qualidade de informação e, caso exista alguma falha, dependendo da periodicidade poderá identificar algum problema de forma mais célere.
Relativo a gestão de stock, dimensionalização do armazém e desenho de layouts, existem diversas ferramentas para auxiliar os gestores e engenheiros, os quais podem ser lidos:
- ABC – Para priorizar os diferentes stocks;
- Sparghetti – Para otimizar os fluxos;
- Gestão Visual e também 5S – Para facilitar a leitura do armazém;
- OPL – Para agilizar a execução de tarefas específicas.
Saiba mais sobre a organização do armazém aqui.
Nils Alves
Consultor Leanked